domingo, 24 de novembro de 2013

Saudade

Já falei muito sobre amor, já escrevi sobre amar alguém, sobre perder o amor, sobre a dor que inevitavelmente todos os que amam ou amaram sentem ou sentiram... Hoje, falo de um outro amor, um amor diferente do amor romântico, o amor parental. O amor mais puro e mais necessário à vida de quem valoriza amar. O amor sobre o qual pouco escrevi, mas que quem me conhece sabe que sempre valorizei. Falta-me metade desse amor! Não o vejo nos gestos, nem no olhar  e já está a fazer dois meses. Sinto-lhe a falta! Sinto um vazio que jamais será preenchido, por mais amores que a vida me traga. Jamais me sentirei completa e questiono o sentido de viver dessa forma, incompleta, sem as palavras sábias, que muitas vezes questionei, sem o abraço que me conduzia ao meu porto seguro, sem o beijo mais sentido e olhar mais verdadeiro... Assim, se tornou uma vida vazia, onde os significados nunca mais serão os mesmos e a saudade permanece vincada, num aperto sufocante. As lembranças deixam uma enorme saudade, e a saudade provoca uma imensa dor. Falta-me a esperança...que só voltaria, se também ele voltasse...
http://www.youtube.com/watch?v=2YixcrWmmwg

terça-feira, 5 de novembro de 2013

... 2

Continuas ausente e a falta que me fazes, corta-me o ar... Dói todos os dias e há dias em que nada tenho para além da dor. Não aceito. Não consigo aceitar. Não posso sequer imaginar que vai continuar assim para sempre, sem o teu beijo de manhã e à noite, sem as tuas orelhinhas para eu apertar, sem o teu abraço para me acalmar. Ensinaste-me tanto, mas não me ensinas-te a viver sem ti, sem a tua voz, sem a tua presença, sem a tua orientação. Tenho uma especie de buraco no peito e sei que nunca vai sarar, porque sem ti jamais estarei completa. Dói mais do que posso aguentar e o sorrir para os outros que me tentam animar fica muitas vezes insuportável.
Faria tudo para te trazer de volta, para antes de todo este pesadelo em que se tornou a nossa vida. Queria que houvesse algo a fazer. Queria poder continuar a ir cobrir-te à cama... Queria ouvir-te dizer todos os dias que gostas de mim, da mãe, da avó, do Joli e do Flecha... sem ti não faz sentido... é insuportavel acordar...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

... (1)

Parece-me já não fazer sentido acordar. Sinto o coração apertado, a cabeça oca e as vozes à minha volta são apenas ruido. Um ruido que eu desejo calar. Fazes-me falta. Não suporto não ouvir a tua voz, não olhar os teus olhos, não te dar um beijo de boa noite... Porra!!! Não aproveitei o suficiente contigo!!! Havia TANTO ainda para vivermos juntos... havia tanto para dizermos um ao outro... Não é justo... Não é justo que depois de uma vida inteira de trabalho tudo tenha acabado desta forma... Não é justo!!! Queria puder trazer-te de volta... era o que mais queria..

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Boss AC featuring Shout - "Tu És Mais Forte" - Official Videoclip


Porque és a pessoa mais forte que conheço, porque és o meu heroi e porque vais voltar a vencer... Porque espero que Deus te dê a mão e te ajude a ter força e a voltar a superar...
Porque estaremos sempre contigo e te amamos sempre...
"Tu és mais forte e sei que no fim vais vencer,
sim acredita, num novo amanhecer
...
e vai correr bem tu vais ver"

terça-feira, 13 de agosto de 2013

O quarto

 
Há momentos que nos transportam, muitas são as vezes em que dou por mim a vaguear... Hoje é como se regressasse a um quarto, um quarto do qual a porta parece ter desaparecido e a janela fica mais alta a cada hora. Está corrente de ar no quarto, sinto arrepios na pele e a pouca luz permite-me ver o papel que forra as paredes. Não me é estranho este quarto, ainda que fisicamente nunca lá tenha estado, nem saiba onde fica. Por outro lado, quando fui transportada para ele reconheci-o em mim. Recordei o cheiro do perfume a canela... Recordei o som do meu soluçar e senti o sabor das minhas lágrimas... Voltei, agora percebo a razão, voltei porque já não sinto o que devia sentir... Voltei porque reviveu o fantasma que me assombra e eu quis que me perdesse o rasto.
Sinto-me em taquicardia... relembro as imagens e as sensações daqueles dias. Chego-me para o canto do quarto, está lá um colchão onde me sento, encostada a parede. Não há outro lugar para onde possa ir agora... Não há ninguém para eu tocar, ninguém que possa chegar a mim. Nada parece fazer sentido.Calaram-se as vozes na minha cabeça. Está um silêncio sufocante e eu corro para a janela, abro-a. Respiro. Engulo o vento e sinto umas gotas de chuva na cara. Estendo as mãos e sinto a chuva acalmar-me. Será que posso sair do quarto?
Um estrondo faz-me fechar a janela de rompante! Será que o fantasma me encontrou?
Fujo para cima do colchão no canto e tapo-me com um cobertor. Para já, para já o melhor é ficar aqui.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Incerto

- Olá! - disse ele. Os olhares que se haviam cruzado desviavam-se agora.
- Olá, estou com um bocado de pressa, até uma próxima. - disse ela. Acelerou o passo enquanto uma lágrima rolava do seu rosto. O tempo estava-se a esgotar e eles, eles voltaram a caminhar em direções opostas. Fugiam da felicidade por medo. Fugiam mais uma vez e o que é certo é que não sabiam se um dia se voltariam a encontrar. Tudo era incerto, até o amor...

domingo, 21 de julho de 2013

Suspiros

 
Suspiros,
Pensamentos que não sou capaz de verbalizar,
A ânsia de não sentir o que preciso sentir!
Tenho ainda muito para dar, muito para viver,
As cores vêm surgindo, umas após outras e os sons,
Fazem dançar-me o coração!
Quero tanto!
Quero partir sem me ausentar,
Quero voar, mas acompanhar,
Quero rir de felicidade e sem culpa...
Quero amar!
Sempre,
Para sempre,
Sem que tenha que parar!
Repetidamente,
Num aconchego suave que me prenda,
Com ternura...
Agora,
Imagino o mar ao longe,
Volto a suspirar.

Subjetividade da realidade

Concordo que a realidade é subjetiva à interpretação individual ou social em causa, mas defendo que o individualismo assume cada vez maiores proporções, havendo ou não adesão massiva a contestações. A solidariedade é também relativa, na medida em que  nem todos lhe dão o mesmo significado, alguns colocam-se sempre em primeiro lugar e se houver tempo para se darem a entender como solidários, lá manifestam uns hipócritas gestos para assim o parecerem. Quero acreditar que há quem seja diferente... mas... o "mas" está sempre presente.
Canso-me de seres humanos manipuladores, que nem a si mesmos se revêem! Canso-me das burucracias e das exigências falsas que só existem para alguns! Canso-me de me levantar de manha e ver pela janelinha da televisão a podridão deste mundo que habito! Sim, sei que me devo adaptar, mas adaptar não significa concordar, não significa deixar-me ir na corrente sem pelo menos pensar... não significa deixar de optar pela direção que quero. Não, não quero fingir viver numa cena de teatro onde tantos são os que vejo atuar. Eu quero uma coisa simples, um mundo onde as pessoas possam viver felizes e em paz e com saúde... é mesmo pedir de mais?

O regresso

 
Mais de três anos sem escrever no blog, mais de três anos ausente de quem aqui escrevia. Mais de três anos de crescimento.
Tenho batalhado para aqui voltar, para me reler e recordar as sensações transcritas e finalmente aqui estou.
O que sei agora é que tudo mudou, é que muito aprendi e que tudo vai sempre continuar a mudar. Descobri que quando julguei morrer de amor, não senti nem de perto a maior dor da minha vida, descobri que tudo pode sempre piorar, mas que mesmo assim temos que nos saber levantar.
Hoje, sinto-me diferente, mais mulher, mais capaz, mas continuo a viver muito as minhas emoções. Não sei ainda se vou escrever aqui regularmente, mas se vou mudar o teor das minhas antigas publicações isso é muito possivel. Porquê? Porque o meu mundo mudou. Felizmente descobri a importância da adaptação e do crescimento. Ao mesmo tempo, sinto que se me deixar ir, posso ainda dár muito da minha escrita... E porque não? Afinal aqui é o meu refugio!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Noites

Têm sido difíceis as noites, a chuva continua a cair e eu continuo a ouvi-la, a vê-la e a senti-la. Ainda existo, apesar da loucura se ter apoderado dos pensamentos mais insanos a cada doloroso e arrastado segundo que julgo ainda viver. Deito-me em cima dos lençóis e imploro por uma noite de descanso sem a consciência da tua importância.

Beijavas-me, um beijo como os de antes quando só com um beijo o mundo lá fora deixava de existir. A pele arrepiava, os sentidos apuravam-se e as almas dançavam entre os ecos daquela união. Éramos nós ali, os nossos corpos entrelaçados, quentes e vivos, os nossos sonhos, as nossas fantasias, os nossos segredos... Éramos nós ali, no nosso mundo.
Num repente, a música mudou, como os teus olhos, frios, indiferentes, distantes e desistentes. Hipnotizaste-me levantaste-te e foste embora.

Esperei dias, noites por um sinal, uma procura tua, uma luta... e tu? Desistis-te!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vazio

Cerca-me o vazio onde se ouve a chuva que deixo cair no meu rosto pálido e quase apagado de vida. Falta-me a adrenalina das loucuras que deixei de viver, das sensações que deixei de sentir. Faltam-me os tremores que antecediam a tua chegada, vagarosa, serena mas carregada de emoção... e o que sou eu sem isso? Uma música sem ritmo, um livro sem uma história, uma expressão sem um sorriso... Não é o que eu sou!
Deixo que todos os meus sentidos se alimentem deste momento, quase sinto as notas musicais escorregarem-me pela garganta, o seu sentido a embriagar-me a alma, a sua emoção a sufocar-me o peito. A saudade. Chega a ser bom senti-la assim, carregada de significado, iluminada pelos relâmpagos e misteriosa...
Ainda sinto pequenos pedaços dos destroços com que me deixaste, difusa em pensamentos repletos e cautelosamente pormenorizados da poesia que construímos, e dos parágrafos que ficaram por terminar.
Escondo-me nas minhas palavras, tentando expressar os sentimentos que não sei compreender. Onde ficaram os sonhos? Onde se perdeu a inocência que me fazia desejar, que me fazia reagir cada poro da pele ao mais insignificante estímulo que se cruzava com o meu corpo ainda quente?
Não sei já que desculpa inventar para viver um pouco mais... A minha alma grita, enquanto a minha voz se abafa entre recordações pragmáticas e longínquas. Convinha-mos, eu dei já tudo o que sabia dar, resta-me reinventar um resto de dias em que não me limite a deixar as horas passar.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

8 de Dezembro 2009

Meses sem puder escrever, sem conseguir incutir nas palavras o que me corre na alma…
Hoje, é mais um daqueles dias em que posso ver claramente que o meu rumo se perde na floresta dos meus sonhos. A bússola perdeu o Norte e eu perdi a esperança de me reencontrar. É mais um dia em que prometo a mim mesma parar de olhar para trás, parar de julgar quem sou e de ansiar quem fui. O tempo segue sempre e eu não quero, eu não posso continuar atrás... Cansei-me de esperar um motivo para querer mudar, cansei-me de esperar alguma coisa ou alguém, cansei-me de sonhar a vida.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

18 maio, sinto-me mal.

Hoje preciso escrever, sinto-me mal. Tão mal… Vejo que não me reconheço. Pior, Eu já não sou eu! E isso custa-me, custa-me porque não gosto daquilo em que me tornei. Custa porque sinto que engano toda a gente e a mim também. Custa-me ver que os anos passaram e a vida é mais do que brincar nas casinhas com as meninas iguais a mim. Custa-me ter crescido, custa-me não ser quem era. Custa-me permanecer ali, inerte e aparentemente normal, quando a minha vontade é correr para a minha mãe a chorar e pedir-lhe colo, ou passear com o meu pai agarrando-lhe o dedo, ou ouvir a minha avó a cantar para mim! Custa-me chegar a casa ao fim de semana e não ter nada disso, e custa-me revoltar-me e fugir deles, responder-lhes mal, faze-los pensar que já não gosto de ali estar, quando a verdade é que não queria voltar dali a sair! Custa-me sentir-me culpada. Custa-me pensar que me sinto bem quando me deveria sentir mal! Custa-me pensar que estou a ser fraca. Eu já não me sinto eu. Quero ir para casa, mas ninguém vê isso! Ninguem sabe como estou mal.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Alguém


Alguém... Alguém que viesse, que voltasse, alguém que ficasse e não apenas chegasse!
Alguém!
Eu fui alguém, diferentemente do que me possas dizer, do que possas até tentar convencer-te, eu fui alguém!
Sou ainda alguém embora já não me vejas, embora não me reconheças o respirar, sabes que sei fazer-te chorar! Porque sou alguém!
Ignoras alguém com orgulho em o fazer, mas sou eu diferente d’outros alguém’s, porque este alguém a quem tentas desprezar sabe bem como fazer-te chorar, sabe bem como poder-te acalmar.
Se eu quero ser alguém?
Nunca serei ninguém como tu nunca serás ninguém, por enquanto continuaremos apenas assim, sendo alguém que outro saberá sempre onde encontrar, alguém!


Joana Filipa Bernardo

Sou Assim!


Sei de mim quando sou eu,
Mas quando minha alma voa
Sou alguém diferente de mim.
Conheço-me assim!

Sei de mim quando me olhas,
Mas quando levemente me tocas
Perco-me de mim.
Mudo assim!

Sei de mim se souber acordar,
Mas quando estou a sonhar
Vive alguém distinto de mim.
Sonho assim!

Sei de mim quando quero saber,
Mas quando me quero perder
A ti dou parte de mim.
Sou assim!
Joana Filipa Bernardo

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Para ti, meu amor de sempre


Amor, meu doce amor,
Sinto no vento teu suspiro,
Sinto ao sol o teu calor,
Sinto-te pousar em meu retiro.

Amor, meu doce amor,
Vem olhar-me pertinho
Vem despertar-me fervor
Vem falar-me baixinho!

Traz, meu amor, o desejo
Que vamos acrescentar num beijo,
Misturando nosso sabor.

Vem, meu amor, me sentir
Em caricias impossiveis de reprimir,
Desnudados pelo tal amor!


Joana Filipa Bernardo

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Canto à Dor


Canto o que escondo no peito,
Minha dor é quem me faz cantar.
O mar, eu tornei meu eleito,
É o único que me vê chorar!

Canto o que é a minha sorte,
Pobre alma no mundo esquecida!
Espero que me leve a morte,
No alívio de tal mágoa vivida.

Canto os caminhos que cruzei,
Os corpos que de alguém desejei,
Os momentos que tive de loucura!

Canto o que não sei mais cantar.
Sinto-me velha de tanto esperar,
Que cedam para mim a sepultura!


Joana Filipa Bernardo

sábado, 26 de julho de 2008

A Canção


Trago em mim a canção
Que o mar me cantou
A sua melodia o vento levou.

O vento levou ou o homem matou
A minha canção
E o meu coração.

Num só dia a perdi
Por loucura e fraqueza
De nada me adiantou tanta tristeza.

Não há nada que a traga
Nem ao meu coração
Eu fiquei para sempre sem a minha canção!


Joana Filipa Bernardo

Faria uma festa, muita musica, muita gente, muito barulho!
Saltaria por toda a parte, e cantava!
Sorriria! Estaria feliz!
Era apenas isso que eu queria agora... uma distracção!

***************

São 15.48, aperta o calor e eu penso em como estaria melhor noutro lugar!
Eu, essa pessoa que tanto faz parte de mim!
Como seria bom!!!

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Agora, sou apenas uma asa,
Que bate em algum corpo
E o leva sob o mar!
Sou apenas uma nota
Que soa de um piano
E entra nos ouvidos de alguem!
Agora, não sou eu!


Joana Filipa Bernardo

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Resistir à Tentação


"Tento resistir a esta tentação
Por mais que eu queira tenho de dizer que não
Se entre nós não pode haver uma relação
Não passa mais do que uma forte atracção

Primeira aparição tua aparência deu boa impressão
Mas a experiência é que a aparência é ilusão
A tua presença foi intensa e a minha intenção
Era ensinar-te a não seres tão sensível
Ao mencionares a mão que te acarinha
O teu barão eu tenho a minha também
Mas não resisto à tentação se não disseres a ninguém
Isto é apenas atracção convinha sublinhar bem
Antes de ultrapassar a linha que nos tem como amantes, ok?
Vieram noites de prazer e nunca foi preciso uma cama
Grande robusta, beleza que custa a querer dama
Que assusta até chama
O sentimento de alguém de quem sem crer se ama
Mas eu já tenho a protecção nem vou matar a relação
Que existe há buéda anos eu já tenho planos
Enquanto a dela é triste ficamos tetris
Sempre à procura do encaixe
É quando eu acho que só te amo da cintura para baixo
Não leves a mal nada é pessoal sempre foi sexo
Mas os dias sem látex tornaram tudo complexo
Vens bater-me à porta prenha nunca quis um compromisso
Dama aborta eu compro-te isso e se eu falo eu concretizo
Por isso não me venhas com uma coisa dessas
Até parece que algum dia eu te fiz promessas
Foi um erro logo à partida então não fiques ofendida
Se eu disser que não há nada em comum e queres uma vida ?

Tento resistir a esta tentação
Por mais que eu queira tenho de dizer que não
Se entre nós não pode haver uma relação
Não passa mais do que uma forte atracção

Meu deus como pode ser tão bom esse mal que tu me fazes
Que me obriga a ir a jogo sem figuras nem ases
Sabendo que não vou ganhar como nunca ganhei
Sabendo que não consigo parar como nunca parei
Como podem magras mãos ficar tão grandes assim
Que as gentes esgravatar cabem dentro de mim
Só pode ser verdade o que me conta a poesia
Eu gosto de gostar e sinto a tua falta todo o dia
Que posso eu fazer se me fazes tão bem/mal
Desafiando as leis da gravidade, a minha moral
O prazer da tua carne tornou-se essencial
Para a minha sanidade, física e mental
Fatal fatalmente o coração sente
E a minha boca mente em ritmo desplicente
Escrevo para ti em papel de carta
Tinta preta como a cor dos teus cabelos
Envoltos em tons de violeta
Palavras que nunca direi à tua frente
Aprendi a ser humano haveria eu de ser diferente?
Eu só amo e não reclamo um prémio sem cautela
Fechado numa cela sem chave nem janela
A coisa mais bonita deste planeta
Beleza rara no meio de uma sarjeta
Amor impossível como o romeu e julieta
Ao menos sonho contigo e podes crer já não é cheta
Amor não dá, não dá, não dá...

Eu sei e tu sabes que não podemos ficar juntos
Não passa de uma atracção tentemos não ir mais fundo
Ambos sabemos que não dá para termos uma relação
Temos de nos afastar e esquecer esta paixão
No futuro nunca vai ser mais do que tentação para ele

Tento resistir a esta tentação
Por mais que eu queira tenho de dizer que não
Se entre nós não pode haver uma relação
Não passa mais do que uma forte atracção"



Da Weasel

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Seremos nós humanos, capazes de perceber o que é uma tentação?
Seremos capazes de lhe resistir?

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Duvida e Sabor


Transcende-me minha pobre consciência
O verdadeiro significado de tais sentimentos
Que tanto me confundem por momentos
Fazendo-me duvidar de tal transparência!

O que fomos e no que nos tornamos,
Vagos seres de ódio impingido
Tão ferozmente tratado e fingido,
Que qualquer um diria que nos amamos!

Oh vida que foste e me arrastaste,
Tanta dor pude eu conhecer,
Somente porque não voltaste!

Como desejei mais um beijo de amor,
Imaginei e esperei tua volta,
Tão somente pude recordar tal sabor!


Joana Filipa Bernardo

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Tempo para Nós!


Esperava, se soubesse como.
Angustiava-me não saber de mim,
Como se fosse possível saber de mim
Sem saber de ti.
Agarrava-me a lembranças,
Foram boas as nossas histórias de amor.
Cerca-me a saudade e deixei-te nem à 7minutos,
Até o céu chorou ao ver-nos deixar.
Não sou ninguém agora
Porque não te tenho,
E se é assim para quê viver
Já que não posso sequer sobreviver
Sem que me mates a sede!
Meu Amor!
Salva-me a vida com beijos,
Leva-me alem dos segredos,
E seremos nós,
Duas almas unidas pelo mundo sem rumo.

Sonhei-te nos tempos
Sem poder sequer ver-te,
E quando o destino nos une,
Continua a testar-nos
Ao separar-nos todos os dias.
Onde reina a justiça,
Agora,
Já que nos continua a separar o tempo
Que não para...

Fujamos!
Fujamos para longe do que não somos
E aí nada mais nos deixará afastar,
Meu bom amor!


Joana Filipa Bernardo

sexta-feira, 2 de maio de 2008


Foste luz na minha vida,
O Guia, q’eu queria,
Duma vida no tempo perdida.
Trouxeste-me a felicidade
Quando tanto amor me juraste
Para quê tanta ilusão,
Se me partiste o coração!

Não sei como foste capaz
De seguir sem olhar p’ra traz,
Só que custa admitir
Que se o amor existia o deixaste de sentir!
MC eu tenho pena
Que depois de tanta cena
Tenhas desistido sem problema
De uma luta sem seres o vencedor!

Que essa vida que escolheste
Te leve onde queres ir
Eu tentei-te ajudar
Tu preferiste fugir!

Esta é a minha despedida
Já chega de andar perdida
Não mereceste a minha dor
E enterraste o nosso amor!


Joana Filipa Bernardo

domingo, 27 de abril de 2008

Agora...


Acordei de uma dor desmedida,
Recalquei o amor que possuía,
Arranquei os espinhos do meu peito
E deitei-os fora!
Não sou mais quem fui outrora,
Porque morri!
E o que de mim ressuscitou
Foi apenas matéria,
Apenas corpo…
Minha alma repleta de ilusões
Encontra-se despida da inocência que perdi!
Agora…
Sorvo cálices de veneno purificado,
Sorvo notas musicais distorcidas,
Sorvo pedaços de uma alma desnudada
Que me elevam um patamar acima
E me fazem desejar voar
Mas me repelem
Com medo de voltar a cair
E desta vez,
Para um buraco de onde não consiga sair!


Joana Filipa Bernardo

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Hoje


Vejo a chuva cair pela janela, desejo correr lá para fora, molhar-me toda esperando que a chuva me lave a alma…
Ciclos que se repetem, pessoas que vão, pessoas que ameaçam ir, pessoas que voltam…
Pergunto-me o porquê de tudo isto e a resposta não surge…
Refugio-me em algum lado escuro que tudo esconda e em nada me faça pensar, porque pensar dói! E eu já não aguento mais a dor, já não a consinto mais em mim, não a reconheço nem as suas verdadeiras causas…. Apenas a procuro fitar, iludindo-me uma e outra vez como sempre fiz, porque crescer não chega…Crescer só complica…e afinal o que torna tudo pior é tomar consciência da proporção da dura realidade que se nos apresenta….
Filosofias baratas não me chegam!
Pensamentos e palavras superficiais de nada me valem!
O que eu sei é apenas o que sinto, é apenas o que vejo, é apenas a ausência da segurança, da cumplicidade, da estabilidade e do amor que vivi outrora!
Hoje, não sou mais nada….
Apenas um ser deambulante pelas ruas de uma cidade escura, um ser infectado de dor, um ser doente e sem qualquer cura que afasta quem quer que apareça com medo de se contagiar!
Hoje é apenas hoje.
Amanha virá…. Talvez se eu ainda cá estiver!


Joana Filipa Bernardo

sábado, 5 de abril de 2008

O Fim!


Ardem-me os olhos…
Por mais que os quisesse fechar,
Algo teimava por me saltar à vista,
A verdade era dolorosa demais
Daí a minha vontade em manter os olhos fechados….
Chegara o derradeiro momento,
Aquele que eu sabia que viria mas queria adiar…
O meu corpo termia,
Os meus olhos choravam,
O meu peito fechava-se sobre si
Consumindo cada pedaço de dor que me assombrava!
Finalmente a coragem nos teus olhos,
Finalmente a verdade, ainda que camuflada, nas tuas palavras!
Seguirias a tua vida,
Opondo-a ao sentido da minha
E banalizando o passado que havíamos vivido…
Duro!
Frio!
Egoísta….
Levaste-me a vida,
Levaste-me o que de mais precioso possuía
E foste embora…
Despedaçando cada bocado de mim!
O silêncio não chega,
A escuridão não resolve,
As lágrimas não acalmam a dor que ficou.
E o tempo….
Esse nada me ajudaCorroendo-me mais a cada dia!


Joana Filipa Bernardo

quarta-feira, 19 de março de 2008

Porquê???


Se eu pudesse voar agora, ia, ia para longe, tão longe que nem os satélites me poderiam encontrar! Sinto-me pequena neste grande vazio onde vim parar, impotente perante a luz que me fere os olhos já habituados há escuridão! E eu não quero mais a luz na minha vida! Não quero porque também ela é falsa, também ela me cobre de esperanças e mesmo assim se apaga roubando-me os sonhos! Assim prefiro a escuridão, prefiro sentir o ardor do sangue a percorrer-me as feridas face à dor petrificante que me injecta a alma e provoca frio… Tanto frio!
Nem a Lua, a minha confidente, aquela que conhece os meus segredos percebe a minha tristeza! A dor cobre-me a vista, e eu não posso mais ver! Eu não sei mais de mim, não sei onde vim parar!
Sinto prazer na minha carne arranhada e sedenta do amor que não tenho! Sinto prazer em imaginar o teu sangue fluir-te do corpo coberto pelas marcas da minha presença.
Odeio-te!
Não!
Odeio-me por não te odiar!
Odeio-me por não te fazer chorar!
Odeio-me por não te fazer me amar!
Odeio-me por não ser capaz de te deixar!
A musica continua a tocar e os meus olhos, os meus olhos esgotaram as lágrimas… Já nem a dor posso aliviar….
Porquê?


Joana Filipa Bernardo

segunda-feira, 17 de março de 2008

Lençóis de Cetim



O corpo treme-me e o sangue escorre-me pelo peito, onde foram aquelas pessoas?
Ainda agora me chamavam, ainda agora me puxavam para um túnel escuro, tão escuro...
E as vozes que soavam uma calma melodia envolvente?
Onde estão todos quando, preciso de alguém que me dê as mãos, alguém que me abrace forte, alguém que me cante uma musica, alguém que me puxe para a vida?
E tu?
Para onde foste?
«-Quero-te, quero-te como nunca antes minha querida, quero que me pertenças, que sejas minha para todo o sempre! Aqui, nestes lençóis de cetim tornar-te-ás minha para a eternidade!
(…)
-Amor!!
Amor o que estás a fazer? Amor estás a magoar-me... O que se passa?
Porquê esses gritos amor?
Porquê esse ódio em teu olhar?
Eu estou aqui amor....»
Não sabia ao certo quanto tempo tinha passado, mas eu soube que não te voltaria a ver.
Antevejo o fim, dizia eu! Momentos antes deixava-me prender pelos lençóis, que nunca foram de cetim meu amor!


Joana Filipa Bernardo

sábado, 15 de março de 2008

Procuro...


Não quero mais saber pensar, não!
Não quero mais manter a duvida
Em que ressaca o meu coração!
Não quero ter medo de acordar só,
De não ter uma falsa presença
Que na verdade nunca está,
Que não vive da minha vida,
Que não me sabe sequer amar!

O que eu procuro é indefinido,
Porém não corresponde ao que pareço possuir,
Na verdade nada tenho!
Na verdade eu não tenho ninguém!

E a chuva que teima em molhar
Minha roupa que ninguém vem secar!

Como eu queria ainda ser capaz de sonhar,
Amor!

Como eu queria amar!


Joana Filipa Bernardo

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O melhor, o melhor é dormir!


Tropeço em pensamentos outrora negados, a imensidão arrepia-me a pele e eu procuro um não sei o quê que me ajude a acreditar-te. Tremo sentir a presença vaga que não se limita a uma ausência! Isso dói, carrega a alma d’uma tristeza irrefutavelmente profunda e permanente na existência do meu ser que sem ti ameaça não sobreviver.
O que faço?
Não sei dizer-te mais o que cansei de falar, não sei aguentar mais a ausência que persistes em continuar, não sei segurar mais a distância das nossas vidas, não sei mais esperar, não sei mais deixar-te escapar, não sei mais desculpar, não sei mais lutar…
Deixo-me deitar na cama gelada pela tua ausência, na escuridão da noite que me retrata a alma e durmo, durmo para não pensar, durmo para não sofrer mais hoje!



Joana Filipa Bernardo

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Momento de estranheza!

Vento corrente em horas avastadas,
Trazes pensamentos de estórias alteradas!
Respiro movimentos em caixas celadas,
Procuro rumores de vidas passadas!
Imagino pessoas sussurrando canções,
Algumas de princesas outras de ladrões,
Desvendo segredos submersos em medos,
Vês mal em mim,
Mas eu sou assim!
Escrevo palavras que correm na alma,
Tornam-se histórias que me trazem a calma!
Poeta não sou,
Nem sei como ser,
Sinto-me bem assim
Se queres saber!

Joana Filipa Bernardo

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Vida Buemia


Alguem que me estenda a mão
Quando o mundo me cai em cima!
Alguem que me ceda um cobertor
Quando me começam os arrepios!
Alguem que me acompanhe
Nos momentos de dor e de felicidade!

Oh ser que a mim te impões
O que queres de mim afinal?
Deixar-me desiludida,
Envolta no vendaval!

Ah!
A amargura que tu me causas,
As palavras rudes que me dás!
Pelo que me fazes sofrer,
És cruel, Homem sem paz!

Desdenhada pelo teu ser
Incompreendida pela vida
Reabre-se em mim a ferida
Vibrante na ansia esquecida!

Oh meu amor,
Que não sabes o que é amar!
De mim te deixas afastar.
Por falsos amigos que te fascinam,
E que comnosco ainda vão acabar!


Joana Filipa Bernardo

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Existência submersa



Deixo-me embriagar pela noite que se avizinha,
A imensidão envolve-me e deixo-me ir, submersa.
A Lua irradia a Luz que me desperta
E o nevoeiro percorre-me em mistério,
O meu peito abriga o nosso amor,
O meu ventre deseja o ser que não fecunda,
O meu pensamento vagueia em torno de nós,
E a ti meu amor,
Imagino-te aqui,
Busco os teus segredos e adivinho-te a alma.
Espero ansiosamente a protecção dos teus braços,
As palavras dos teus beijos,
As razões do teu olhar,
O calor do teu corpo...
E perguntas-me porquê meu amor!
Eu respondo-te,
Porque és simplesmente a razão da minha existência!


Joana Filipa Bernardo

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Coisas da Vida

Se não te tenho,
Eu fecho os olhos,
Posso ver para alem do que a visão alcança,
Posso sentir aquilo que não toco,
Posso sonhar o que não me é permitido!
Se te tenho,
O meu olhar brilha,
O meu sorriso ganha forma,
A minha vida ganha cor!
Que dádiva dada por Alguém
Meu amor!
E pelo sonho que se torna real,
Sinto as tuas palavras
Em beijos de musica que não para!
Não me cansam os teus dias nos meus,
Não me imagino sem o teu ser
Porque por ti
Procuro o sentido das coisas da vida!


Joana Filipa Bernardo

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Uma Dor Que Não Tem Fim


Não sabia o que pensar, estava angustiada e sem razão aparente as lagrimas rolavam o seu rosto. Avisinhava-se um dia especial e ela sabia que tudo ia mudar.
Ouviu uma musica e outra, escrevia sem saber o quê e pensava que não havia razão para a sua existência.
Sentia-se só, incompreendida, falhada, corruída, perdida...
-Onde vais?- perguntou-lhe a mãe, ao vê-la vestir o casaco e segurar a mala.
-Ver o mar, espairecer um pouco.-Beijou a mãe dizendo-lhe que a adorava e saíu.
Andou pela praia descalsa e sentou-se a beira mar. Desejou a coragem para por fim à sua vida mas até para isso se sentia incapaz.
Relembrou momentos de dor, de paixão, de alegria e sofrimento e continuava sem perceber a verdadeira razão para toda aquela dor interior. Era insuportavel sentir-se assim!
Pegou na sua mala e procurou as chaves de casa que levou ao rosto percebendo que não sevia para o que queria deitou-as nas ondas e com as proprias unhas rasgou a sua cara, os seus labios as suas mãos. Sentia o sangue correr mas o aperto no peito só aumentava e ela chorava, chorava sem saber como parar. Deixou que o sal da água lhe percorresse as feridas e sentia-se cada vez pior. Deitou-se na areia molhada deixando que as ondas lhe rebentassem no ventre e perdeu os sentidos. As ondas levaram o seu corpo morto e coberto de fridas, levaram a sua vida e a do ser que gerava dentro de si, mas as suas almas, essas permaneceram na praia repletas da dor que a morte não levou.


Joana Filipa Bernardo

domingo, 6 de janeiro de 2008

A Certeza na Dúvida

Um cigarro que se acaba,
Uma duvida que não tem fim,
Uma dor que se propaga,
Um amor longe de mim.

Uma noite que começa,
Uma presença que não vem,
Uma ilusão que não cessa,
Um medo de um outro alguém.

Uma intuição que persiste,
Um medo de perder a felicidade,
Uma certeza que existe,
D'um amor p' eternidade.


Joana Filipa Bernardo

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Tarde de mais


O nevoeiro eleva-se no ar enquanto aquela figura surge encoberta no horizonte.
-Por onde tens andado?
-A procura de nós, meu amor!
As palavras dela esfumaram-se enquanto a silhueta dele se tornava mais visível.
Estava branca como cale, os seus olhos inchados cobriam-se de lágrimas e os seus lábios tremiam. Deixou-se cair no chão molhado e olhou-o.
-Que se passa contigo? Não estás bem...- disse-lhe aproximando-se dela. Ajoelhou-se e tomou-a nos braços - Estás gelada!
Ela sorriu-lhe com ternura murmurando-lhe ao ouvido:
-Agora é tarde para nós, atrasaste-te de mais e de novo seremos separados.
-Mas o que estás tu a dizer? Vou levar-te a um medico.
-Não há tempo! Talvez um dia quando vivermos de novo o nosso amor nasça mais forte.
Ele olhava-a sem perceber, mas sentiu que a sua vida perdera o significado naquele momento.
-Amo-te!
-Amo-te!- respondeu-lhe ela.
Ele fechou os seus olhos e quando os abriu tinha nos seus braços o corpo inanimado da sua eterna amada.

Joana Filipa Bernardo

sábado, 15 de dezembro de 2007

A dor


Procuro o equilibrio
No silêncio da minha alma,
Neste mundo sombrio
Enquanto a musica me acalma.

Querer desistir da vida
Meu Deus! Até onde irei.
Não encontrar saida
Pensar , é tudo o que eu sei!

Doi tanto aceitar o fim
Duma estória inacabada
A loucura penetrou em mim
Levou-me a felicidade desperdiçada.

Joana Filipa Bernardo