segunda-feira, 18 de maio de 2009

18 maio, sinto-me mal.

Hoje preciso escrever, sinto-me mal. Tão mal… Vejo que não me reconheço. Pior, Eu já não sou eu! E isso custa-me, custa-me porque não gosto daquilo em que me tornei. Custa porque sinto que engano toda a gente e a mim também. Custa-me ver que os anos passaram e a vida é mais do que brincar nas casinhas com as meninas iguais a mim. Custa-me ter crescido, custa-me não ser quem era. Custa-me permanecer ali, inerte e aparentemente normal, quando a minha vontade é correr para a minha mãe a chorar e pedir-lhe colo, ou passear com o meu pai agarrando-lhe o dedo, ou ouvir a minha avó a cantar para mim! Custa-me chegar a casa ao fim de semana e não ter nada disso, e custa-me revoltar-me e fugir deles, responder-lhes mal, faze-los pensar que já não gosto de ali estar, quando a verdade é que não queria voltar dali a sair! Custa-me sentir-me culpada. Custa-me pensar que me sinto bem quando me deveria sentir mal! Custa-me pensar que estou a ser fraca. Eu já não me sinto eu. Quero ir para casa, mas ninguém vê isso! Ninguem sabe como estou mal.