domingo, 24 de novembro de 2013

Saudade

Já falei muito sobre amor, já escrevi sobre amar alguém, sobre perder o amor, sobre a dor que inevitavelmente todos os que amam ou amaram sentem ou sentiram... Hoje, falo de um outro amor, um amor diferente do amor romântico, o amor parental. O amor mais puro e mais necessário à vida de quem valoriza amar. O amor sobre o qual pouco escrevi, mas que quem me conhece sabe que sempre valorizei. Falta-me metade desse amor! Não o vejo nos gestos, nem no olhar  e já está a fazer dois meses. Sinto-lhe a falta! Sinto um vazio que jamais será preenchido, por mais amores que a vida me traga. Jamais me sentirei completa e questiono o sentido de viver dessa forma, incompleta, sem as palavras sábias, que muitas vezes questionei, sem o abraço que me conduzia ao meu porto seguro, sem o beijo mais sentido e olhar mais verdadeiro... Assim, se tornou uma vida vazia, onde os significados nunca mais serão os mesmos e a saudade permanece vincada, num aperto sufocante. As lembranças deixam uma enorme saudade, e a saudade provoca uma imensa dor. Falta-me a esperança...que só voltaria, se também ele voltasse...
http://www.youtube.com/watch?v=2YixcrWmmwg

terça-feira, 5 de novembro de 2013

... 2

Continuas ausente e a falta que me fazes, corta-me o ar... Dói todos os dias e há dias em que nada tenho para além da dor. Não aceito. Não consigo aceitar. Não posso sequer imaginar que vai continuar assim para sempre, sem o teu beijo de manhã e à noite, sem as tuas orelhinhas para eu apertar, sem o teu abraço para me acalmar. Ensinaste-me tanto, mas não me ensinas-te a viver sem ti, sem a tua voz, sem a tua presença, sem a tua orientação. Tenho uma especie de buraco no peito e sei que nunca vai sarar, porque sem ti jamais estarei completa. Dói mais do que posso aguentar e o sorrir para os outros que me tentam animar fica muitas vezes insuportável.
Faria tudo para te trazer de volta, para antes de todo este pesadelo em que se tornou a nossa vida. Queria que houvesse algo a fazer. Queria poder continuar a ir cobrir-te à cama... Queria ouvir-te dizer todos os dias que gostas de mim, da mãe, da avó, do Joli e do Flecha... sem ti não faz sentido... é insuportavel acordar...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

... (1)

Parece-me já não fazer sentido acordar. Sinto o coração apertado, a cabeça oca e as vozes à minha volta são apenas ruido. Um ruido que eu desejo calar. Fazes-me falta. Não suporto não ouvir a tua voz, não olhar os teus olhos, não te dar um beijo de boa noite... Porra!!! Não aproveitei o suficiente contigo!!! Havia TANTO ainda para vivermos juntos... havia tanto para dizermos um ao outro... Não é justo... Não é justo que depois de uma vida inteira de trabalho tudo tenha acabado desta forma... Não é justo!!! Queria puder trazer-te de volta... era o que mais queria..

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Boss AC featuring Shout - "Tu És Mais Forte" - Official Videoclip


Porque és a pessoa mais forte que conheço, porque és o meu heroi e porque vais voltar a vencer... Porque espero que Deus te dê a mão e te ajude a ter força e a voltar a superar...
Porque estaremos sempre contigo e te amamos sempre...
"Tu és mais forte e sei que no fim vais vencer,
sim acredita, num novo amanhecer
...
e vai correr bem tu vais ver"

terça-feira, 13 de agosto de 2013

O quarto

 
Há momentos que nos transportam, muitas são as vezes em que dou por mim a vaguear... Hoje é como se regressasse a um quarto, um quarto do qual a porta parece ter desaparecido e a janela fica mais alta a cada hora. Está corrente de ar no quarto, sinto arrepios na pele e a pouca luz permite-me ver o papel que forra as paredes. Não me é estranho este quarto, ainda que fisicamente nunca lá tenha estado, nem saiba onde fica. Por outro lado, quando fui transportada para ele reconheci-o em mim. Recordei o cheiro do perfume a canela... Recordei o som do meu soluçar e senti o sabor das minhas lágrimas... Voltei, agora percebo a razão, voltei porque já não sinto o que devia sentir... Voltei porque reviveu o fantasma que me assombra e eu quis que me perdesse o rasto.
Sinto-me em taquicardia... relembro as imagens e as sensações daqueles dias. Chego-me para o canto do quarto, está lá um colchão onde me sento, encostada a parede. Não há outro lugar para onde possa ir agora... Não há ninguém para eu tocar, ninguém que possa chegar a mim. Nada parece fazer sentido.Calaram-se as vozes na minha cabeça. Está um silêncio sufocante e eu corro para a janela, abro-a. Respiro. Engulo o vento e sinto umas gotas de chuva na cara. Estendo as mãos e sinto a chuva acalmar-me. Será que posso sair do quarto?
Um estrondo faz-me fechar a janela de rompante! Será que o fantasma me encontrou?
Fujo para cima do colchão no canto e tapo-me com um cobertor. Para já, para já o melhor é ficar aqui.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Incerto

- Olá! - disse ele. Os olhares que se haviam cruzado desviavam-se agora.
- Olá, estou com um bocado de pressa, até uma próxima. - disse ela. Acelerou o passo enquanto uma lágrima rolava do seu rosto. O tempo estava-se a esgotar e eles, eles voltaram a caminhar em direções opostas. Fugiam da felicidade por medo. Fugiam mais uma vez e o que é certo é que não sabiam se um dia se voltariam a encontrar. Tudo era incerto, até o amor...

domingo, 21 de julho de 2013

Suspiros

 
Suspiros,
Pensamentos que não sou capaz de verbalizar,
A ânsia de não sentir o que preciso sentir!
Tenho ainda muito para dar, muito para viver,
As cores vêm surgindo, umas após outras e os sons,
Fazem dançar-me o coração!
Quero tanto!
Quero partir sem me ausentar,
Quero voar, mas acompanhar,
Quero rir de felicidade e sem culpa...
Quero amar!
Sempre,
Para sempre,
Sem que tenha que parar!
Repetidamente,
Num aconchego suave que me prenda,
Com ternura...
Agora,
Imagino o mar ao longe,
Volto a suspirar.

Subjetividade da realidade

Concordo que a realidade é subjetiva à interpretação individual ou social em causa, mas defendo que o individualismo assume cada vez maiores proporções, havendo ou não adesão massiva a contestações. A solidariedade é também relativa, na medida em que  nem todos lhe dão o mesmo significado, alguns colocam-se sempre em primeiro lugar e se houver tempo para se darem a entender como solidários, lá manifestam uns hipócritas gestos para assim o parecerem. Quero acreditar que há quem seja diferente... mas... o "mas" está sempre presente.
Canso-me de seres humanos manipuladores, que nem a si mesmos se revêem! Canso-me das burucracias e das exigências falsas que só existem para alguns! Canso-me de me levantar de manha e ver pela janelinha da televisão a podridão deste mundo que habito! Sim, sei que me devo adaptar, mas adaptar não significa concordar, não significa deixar-me ir na corrente sem pelo menos pensar... não significa deixar de optar pela direção que quero. Não, não quero fingir viver numa cena de teatro onde tantos são os que vejo atuar. Eu quero uma coisa simples, um mundo onde as pessoas possam viver felizes e em paz e com saúde... é mesmo pedir de mais?

O regresso

 
Mais de três anos sem escrever no blog, mais de três anos ausente de quem aqui escrevia. Mais de três anos de crescimento.
Tenho batalhado para aqui voltar, para me reler e recordar as sensações transcritas e finalmente aqui estou.
O que sei agora é que tudo mudou, é que muito aprendi e que tudo vai sempre continuar a mudar. Descobri que quando julguei morrer de amor, não senti nem de perto a maior dor da minha vida, descobri que tudo pode sempre piorar, mas que mesmo assim temos que nos saber levantar.
Hoje, sinto-me diferente, mais mulher, mais capaz, mas continuo a viver muito as minhas emoções. Não sei ainda se vou escrever aqui regularmente, mas se vou mudar o teor das minhas antigas publicações isso é muito possivel. Porquê? Porque o meu mundo mudou. Felizmente descobri a importância da adaptação e do crescimento. Ao mesmo tempo, sinto que se me deixar ir, posso ainda dár muito da minha escrita... E porque não? Afinal aqui é o meu refugio!