sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Noites

Têm sido difíceis as noites, a chuva continua a cair e eu continuo a ouvi-la, a vê-la e a senti-la. Ainda existo, apesar da loucura se ter apoderado dos pensamentos mais insanos a cada doloroso e arrastado segundo que julgo ainda viver. Deito-me em cima dos lençóis e imploro por uma noite de descanso sem a consciência da tua importância.

Beijavas-me, um beijo como os de antes quando só com um beijo o mundo lá fora deixava de existir. A pele arrepiava, os sentidos apuravam-se e as almas dançavam entre os ecos daquela união. Éramos nós ali, os nossos corpos entrelaçados, quentes e vivos, os nossos sonhos, as nossas fantasias, os nossos segredos... Éramos nós ali, no nosso mundo.
Num repente, a música mudou, como os teus olhos, frios, indiferentes, distantes e desistentes. Hipnotizaste-me levantaste-te e foste embora.

Esperei dias, noites por um sinal, uma procura tua, uma luta... e tu? Desistis-te!

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