domingo, 27 de abril de 2008

Agora...


Acordei de uma dor desmedida,
Recalquei o amor que possuía,
Arranquei os espinhos do meu peito
E deitei-os fora!
Não sou mais quem fui outrora,
Porque morri!
E o que de mim ressuscitou
Foi apenas matéria,
Apenas corpo…
Minha alma repleta de ilusões
Encontra-se despida da inocência que perdi!
Agora…
Sorvo cálices de veneno purificado,
Sorvo notas musicais distorcidas,
Sorvo pedaços de uma alma desnudada
Que me elevam um patamar acima
E me fazem desejar voar
Mas me repelem
Com medo de voltar a cair
E desta vez,
Para um buraco de onde não consiga sair!


Joana Filipa Bernardo

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